domingo, setembro 24, 2006

Uma quinta-feira. E muitas peripécias.

Uma coisa é fato... um dia ainda consigo entender por que certas coisas acontecem da forma mais complicada e contrária possível. Mesmo que, no final de tudo, acabe dando tudo certo. Em partes, pelo menos.
Quinta-feira passada foi um dia no qual me perguntei isso trocentas vezes.
Acordei relativamente cedo - considerando que, por enquanto, componho as estatísticas dos desempregados "pós -faculdade" desse Brasil enorme...rs. - porque sabia que precisaria sair na parte da tarde. Tudo lindo.
Marquei a cabeleireira para aproximadamente 14h... e pronto. Me bastou marcar a hora no salão prá que a coisa começasse a desandar. Seria culpa dela? rs...
Nessas horas, a gente pensa em tudo. E acho que é exatamente esse "pensar em tudo" que faz com que a gente acabe trocando pés por mãos e tudo mais que pode ser trocado.
Inclusive a roupa. Ah sim...as roupas. Aquela blusinha com calça jeans que você tinha separado no dia anterior, subitam
ente, começa a não vestir tão bem. O sapato também dói em algum lugar novo. E as horas? passando...
Consegui almoçar e decidir pela roupa, após inúmeras tentativas... e a hora marcada do salão acabou se estendendo para às 15h, ao invés das 14h inicias. Nesse dia também percebi que uma hora faz muita falta na vida da gente. E como faz.
Pensei, ingênuamente, que os imprevistos parariam por ali... mas percebi também que estava errada, já que a cabeleireira que me atendeu o fez da forma mais lenta e, consequentemente, demorada possível. Uma graça de pessoa... mas que teria me ajudado bem mais se tivesse feito minha escova em 40 minutos, como o combinado - e não em quase 1h30min.
Ok, toda bonita, cabelos prontos e unhas feitas, pé na estrada. Ou melhor... na rua. Esburacada. Uma corridinha daqui, atravessa a rua correndo de lá... sobe na calçada... e percebe que você foi - mas o salto ficou. Nervoso dos pés à cabeça, bem como a dor nas mãos e no joelho... um leve tombo. Se alguém viu? Sinceramente, eu não esperei que me ajudassem... levantei rápido como nunca antes, peguei minha bolsa, falei uma meia dúzia de palavrões feios e continuei seguindo meu caminho.
A parte boa, é que ainda existem pessoas legais no mundo... não pensei que os trabalhadores da serralheria perto de casa seriam tão amigáveis... lá consegui lavar minhas mãos e pegar um pedaço de papel higiênico - já que as pobres estavam em petição de miséria.
Talvez o segredo da coisa seja nunca, eu disse NUNCA, se perguntar se algo mais pode dar errado.
Saí "voada", como diria minha tia, peguei o 1° dos dois ônibus que faria parte do meu trajeto...e quando falei o nome da rua pro motorista, o fatídico comentário.... "Xii, moça. Longe hem!"
Será que eu fiquei preocupada? Impressão...
Acho que o motorista correu um pouco mais aquele dia, depois que percebeu minha cara de espanto - e minhas mãos raladas segurando o tal papel higiênco pós-queda.
Vamos a caminho do 2° ônibus... e ouvir de novo a frase célebre...
Resolvi não me estressar mais, afinal, já tinha feito tudo o que poderia ser feito... um senhor do meu lado puxou papo e ficamos conversando, junto com a cobradora do ônibus. Tudo ia bem...até que o trânsito de SP resolveu ser meu inimigo, mais uma vez. Foi também quando descobri que estava fazendo o caminho mais longo que o trajeto permite. Ótimo.
Precisaria chegar ao meu destino até mais ou menos 18h....eram 17h50. E eu, na metade do caminho... com um celular ainda com crédito, que me permitiu tentar não perder a viagem. Tentativa bem sucedida, no meio de tantas adversidades...rs!
Comemoração das pessoas próximas no ônibus, aliás....que me incentivaram a descer e pegar um outro mais rápido. Resolvi seguir o conselho.... e com o joelho ferrado, mãos doendo e trânsito do cão, acabei conseguindo chegar ao meu destino, um pouco atrasada - mas "inteira".
Incrível como o dia pode virar de cabeça prá baixo... incrível como a gente sempre tenha que lidar com o inesperado, ainda mais vivendo em uma cidade como São Paulo... ame-a ou deixe-a.
Na volta prá casa, a sensação de "dia terminado" foi inevitável. Dizem que tudo acaba bem quando termina bem.... talvez seja verdade.
E, na próxima vez, acho que vou marcar tudo com umas 3 horas de antecedência.
Ou pelo menos, vou me lembrar de que moro em SP....

2 Comments:

Blogger mifds said...

E não é que é verdade. Parece que com quanto mais pressa a gente está parece que tudo resolve atrapalhar. Sinal fechado, trânsito engarrafado. É a nossa grande e velha amiga lei de murphy!

4:15 PM

 
Blogger mifds said...

hahaha sou eu, mudei de cheapbubblegum p cherrypiegal e acho q vou manter um blog aqui no blogger!

8:44 PM

 

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