domingo, abril 03, 2011

E não é que a gente sente necessidade de tirar o pó de outros lugares que não somente se resumam aos móveis e aos sapatos esquecidos debaixo da cama? Sim, blogs antigos também precisam dessa limpeza e reativação. Assim como a vida da gente. Acho que por isso voltei a sentir vontade de escrever. Tá, minhas últimas leituras também têm colaborado bastante prá isso. Alguns dos últimos livros foram, "Morte e Vida de Charlie St. Cloud", "Querido John" e "The Notebook". Antes de torcer o nariz para os "romances", saibam que eles, curiosamente, não terminam da forma como a gente espera quando começa a ler. Mais uma vez, a arte imita a vida. Os dois últimos livros são de um cara que, se não morasse tão longe, diria que conheceu meus amigos e conversou com eles antes de rabiscar as primeiras linhas. Estas duas obras me trouxeram, inclusive, lembranças de professores que tive anteriormente, que sempre me impulsionaram a escrever e até chegaram a cogitar que eu teria condições de publicar um dia. Mas como tantas outras coisas, fui deixando de lado em função do trabalho e outras "obrigações de gente grande". Mas talvez, contar histórias e escrever, de uma forma geral, também faça parte destas responsabilidades - quase um favor à humanidade, se levar em consideração que, ao invés de se estressar, vc pode rabiscar seus pensamentos e transformá-los em algo de útil e até, com um pouco de sorte, publicável. Então, devo também ao senhor Nicolas Sparks (autor dos dois últimos livros que citei anteriormente) e de Lady Gaga a Boston (aos poucos, tudo se esclarecerá, meus caros amigos leitores), meu retorno a este blog e aos fascínios da escrita. Também isto devo a vários acontecimentos pessoais e de amigos próximos, que sempre fazem com que a gente analise as coisas ao nosso redor de formas diferentes. Short stories, atualidades, impressões, frases. Vamos ter de tudo um pouco...afinal, assim somos formados, assim amadurecemos, assim vivemos: de retalhos de acontecimentos, cuidadosamente costurados uns aos outros, formando esta trama maluca que chamamos de vida.

domingo, dezembro 28, 2008

Foto: "google images"


Verdade seja dita: de uns tempos prá cá, não somente a televisão como também moda, de forma geral, anda sendo menos implacável do que o de costume. Nós, "simples mortais", sem implantes de silicone, estômagos lipoaspirados e sem 500 seções de musculação diárias, já podemos gritar aos 4 cantos do mundo que temos o nosso lugar ao sol: afirmação pertinente na estação e no país do verão, diga-se de passagem.

Tudo isso me deixa feliz, pelo simples fato de que, sinceramente, aparência é importante sim; mas não deve ser o determinante principal na vida, certo?

Vejam o exemplo da evolução do que se vê nas praias, por exemplo. Até pouco tempo atrás, quem usava maiô era tímida, gordinha, isso, aquilo...enfim. Tudo besteira. Na minha humilde opinião, charme independe de cobrir o corpo todo ou parte dele...temos exemplos diários disso, com pessoas do nosso convívio.

Mas voltando ao assunto dos maiôs e sua evolução. Assim como tudo, seja na televisão, na moda ou na vida... reinventando, costurando mais dali, menos daqui, mudando cores de um lado e do outro...eis que voltam com força total, repaginados e até mesmo, surpresa: ousados. E com duas características determinantes: escondendo o que não precisa aparecer, se necessário - e enaltecendo o que se tem de melhor, que é o que realmente importa. Trabalhar na auto-estima das pessoas antes de qualquer coisa, talvez seja ainda mais importante do que se preocupar com tendência e afins.
Prefiro acreditar que as evoluções acontecem, no fundo, com este intuito. O de fazer com que as pessoas se sintam melhor com as novidades que aparecem - e confortáveis com aquele sentimento nostálgico que bate, quando roupas e/ou acessórios que fizeram sucesso voltam a fazer parte do dia-a-dia.

Talvez seja esse um dos caminhos: usar o que se vê e o que se tem como referência a nosso favor - na medida certa e sabendo distinguir a hora de parar e, quem sabe, procurar por outros!

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Tiro ao alvo...

Foto: http://www.sitepopular.com.br


Não tem jeito... uma hora ou outra, alguém acaba se manifestando de maneira mais ofensiva, já que a maioria das opiniões expressas até agora não andaram sendo muito ouvidas em terras Iraquianas distantes.
Com toda a sinceridade que nos deveria ser característica...quem em sã consciência não adoraria ter feito o que este jornalista fez? Ok... digamos que sua atitude não tenha sido lá muito diplomática, muito menos digna de ser repetida por crianças como teor altamente educativo pelo mundo - ainda mais considerando que, em terras árabes, tiro ao alvo usando sapatos como "arma" é uma das piores formas de insulto que pode haver...ainda mais quando o "alvo" em questão é o sr-quase-não-mais-Presidente-dos-Eua-ainda-bem - mas convenhamos que não deve ser muito fácil ver a terra na qual você nasceu ser projetada para o mundo como foco de terroristas malignos. Em proporção bem menor, mas com teor tão prejudicial-irritante quanto, é quase como o que acontece com a projeção do Brasil lá fora. Por mais que essa visão venha mudando de uns tempos prá cá, os carimbos "favela", "samba", "futebol" e "Ronaldo" ainda são BEM marcantes no nosso passaporte.
Mas voltando ao caso do sapato e seu tão ilustre alvo. Alvo este que, diante de tamanha demonstração de revolta, só fez comentar: "o tamanho era 42", inclusive... fica bem difícil, na minha humilde opinião, definir quando o Patriotismo deu lugar à loucura; quando o envolvimento de vidas de milhões de pessoas (sejam iraquianos, americanos, civis, soldados e as famílias/amigos...) passou de necessário para inaceitável/sofrível... de quando aquela já falada "projeção" passou de prejudicial à "ameaçadora-temos-que-eliminar".
Acho que qualquer pessoa, mesmo sem grande entendimento político compreende que deter um poder tão grande nas mãos merece todo cuidado do mundo...ainda mais quando se trata das atitude vindas do "país mais poderoso do mundo"... com as "forças armadas mais bem treinadas do mundo"... enfim. Deter um poder tão grande nas mãos merece toda sensibilidade do mundo. E quando isso não acontece?
Sempre vai haver alguém que detém poderes tão grandes quanto esses. O poder de se expressar, de se fazer visto e ouvido. E ironicamente, em situações como esta, um sapato pode ser tão ou mais letal do que um rifle de guerra.

sábado, junho 14, 2008

Já faz um bom tempo que uma pessoa que considero muito - daquelas das quais você aceita opiniões, mesmo quando não são pedidas. Afinal, você também sabe que são sinceras, diferente das que vêm daquelas pessoas do tipo: "Avisei!". Odeio! - me disse que a vida da gente pode tomar rumos que até a gente mesmo desconfia às vezes. E ultimamente, ando dando mais ouvidos prá esses dizeres, mais do que em qualquer outra fase da minha vida. Interessante, diferente? Talvez. Vamos dar início aos trabalhos e à mais uma sessão de pensamentos randômicos - porém pertinentes, sempre.
O fato é que não ando mais dizendo que estou indecisa com relação aos caminhos que devo/preciso/vou tomar ultimamente. Deus queira que isso seja bom sinal, certo?
Mas acho que as dúvidas se centram mais no "quando" mesmo. A hora certa de chutar o pau da barraca e fazer acontecer o que ainda falta. "Chegar chegando".
Alguns pensamentos e idéias novas rondam a mente da gente de tempos em tempos e, o mais interessate disso tudo, é perceber como a gente acaba "encaixando" tais idéias e pensamentos em perspectivas futuras. Talvez isso seja parte do tão famoso "planejamento de vida", do qual nossos pais sempre nos lembravam quando ainda éramos adolescentes - assim como o pai da Cindy Lauper também a relembrava..."what you gonna do with your life"...rs
Discernimento prá entender. Coragem prá ir atrás. Maturidade prá conseguir. Serenidade prá manter. Planos prá não deixar morrer. Tudo deve fazer parte dessa nova fase, onde muita coisa começa a acontecer - e sempre tem mais por vir.
Olhos prá ver, mas visão prá enxergar. Mãos prá alcançar, mas também tato prá tocar. Boca prá falar em alto e bom som. Coração prá sentir. Tudo deve estar interligado e em ação. Complexo.
Aliás, por falar em ação...
... Cabeça prá pensar, mas corpo prá agir - e alma prá sustentar, prá fazer tudo ter sentido.
Assim, o caminho a seguir acaba se abrindo... e você sendo meio que "jogada" na direção dele...mas somente assim, dando o passo mais importante e, talvez, o mais difícil: o primeiro. :)


sexta-feira, março 07, 2008



"A razão é como uma equação de matemática...
tira a prática de sermos... um pouco mais de nós!
(...)
Metade de mim agora é assim: de um lado a poesia, o verbo, a saudade...
do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim.
E o fim é belo, incerto... depende de como você vê o novo,
o credo, a fé que você deposita em você... e só."


[ De: Fernando Anitelli]
[Créditos foto: http://paradoxar.blogspot.com ]

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Hora de voltar para a leitura dos meus intermináveis textos, para os meus inúmeros pensamentos com relação a eles E com relação à uma série de outras coisas - bem como à arte de conciliar tudo da melhor forma possível :)
E que venha o final de semana!

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Idade que se sente...?


Acho que preciso fazer 26 anos logo, já que não dá prá voltar aos 24 e ter 25 anda me dando crises nervosas com freqüência considerável.
Não que esteja vivendo um estado de TPM constante. Acho que se compara mais a quando você tem 18 anos e não sabe muito bem o que fazer com a vida que está se abrindo na sua frente: saindo da escola, cursinho, ir-ou-não-ir na bendita festa, escolher curso prá faculdade, entrar prá faculdade... coisas do gênero. Você curte a vida na certeza de ser jovem demais prá se preocupar com uma série de coisas - e se preocupa com outra série de coisas, porque já acha com idade suficiente prá isso.
E, veja bem, de repente me pego sentindo mais ou menos por esse ângulo - em proporções diferentes, anos depois. Já passei pela escola, pulei o cursinho, fui-e-não-fui nas festas, escolhi o curso prá faculdade - depois fiz a faculdade e mais um monte de coisas.
Só que as tensões de agora parecem ser mais conscientes e, junto com aquela "liberdade" da qual tanto falavam que viria depois dos 21, vem uma avalanche de responsabilidades a mais. E não que isso seja ruim, é um processo natural, tem suas vantagens - e como tudo, suas desvantagens.
Talvez tudo exija o dobro de coragem aos 25 do que quando se desfrutava daqueles 18. Se antes você ouvia "ela só tem 18"... hoje ouve "mas ela já tem 25". Se a preocupação antes era se formar e não ter trabalho, a de agora é ter trabalho e se sentir realizada com ele. O mesmo vale prá família, amigos e tudo o mais que você quiser incluir na lista.
"Prioridades" - ou se aprende ou definitivamente se desaprende a definir. Elas também mudam.
E tudo isso tomando o maior cuidado para não envelhecer a mente, já que ninguém tem muita paciência prá esse tipo de coisa. E com a devida razão, diga-se de passagem.
De qualquer forma, agora aos 25, tenho prioridades diferentes, medos diferentes, vontades diferentes...talvez como qualquer outra pessoa. Digamos que, por incrível que pareça, ainda esteja aprendendo a lidar com isso.
Já que a gente tem que "ficar mais velho", que seja para o bem - e que seja prá aprender com os erros. Mesmo que seja prá acabar por repeti-los muitas vezes...rs.

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Óbvio, mas nem tanto...

Há tempos estava devendo uma atualização por aqui, mas ultimamente ando tendo mais inspiração. Muita coisa aconteceu nesse meio tempo entre último post e dia de hoje...rs...e é mesmo incrível como a vida da gente muda em tão pouco tempo: exatamente daquele jeito como muita gente diz... "quando menos se espera". Nunca pensei que esse ditado popular pudesse ser aplicado à minha vida de forma geral, mas é o que vem acontecendo de uns tempos prá cá - desde quando voltei de viagem, propriamente dito.
É fato que ficar um mês longe de casa, vivendo sob leis e costumes de um país que se difere em praticamente tudo ao seu - desde a língua materna, maneira de pedir um café até a cara das pessoas- muda qualquer um, nem que seja um pouquinho. Traz uma segurança a mais e a confirmação de que força de vontade pode mover montanhas - ou te levar prá além destas montanhas. Parece pouco tempo, mas é como viver 1 ano em 1 mês... tudo é muito intenso, em uma proporção difícil de explicar ou medir.
E o que vem depois é também incerteza... voltar com um certificado e experiência novas, prá continuar o que se deixou em aberto por aqui... era mais ou menos esse o plano inicial.
Comecei a trabalhar em um escritório onde aprendi muita coisa - desde coisas boas até outras das quais eu prefiro não me lembrar com tanta frequência...rs...mas de uma forma geral, apesar do pouco tempo, o saldo foi muito mais positivo do que negativo. Pessoas e situações que passam pela nossa vida sempre têm muito o que acrescentar.
Depois de as coisas parecerem estar "entrando em seus devidos eixos", aparentemente tudo começou a mudar de figura em uma proporção tão rápida e intensa quando às daquelas sensações que eu comentei anteriormente. Mas de modo inverso, em derrocada mesmo... saída do escritório, saúde abalada, confusão de sentimentos com relação a tudo isso, como agir... o que entender e o que "absorver"... clássica perda de direção.
Leva tempo prá se superar, pelo menos um pouco, acreditar que tudo melhora com vontade e paciência... mas cedo ou tarde, a gente acaba tendo aquele "click" necessário prá seguir em frente. E no meio do caminho, a gente sempre encontra os amigos e pessoas especiais com quem pode contar, de uma forma ou de outra. Rindo ou se descabelando, chorando ou cantando.
E de repente, se descobre o fio da meada, uma espécie de elo entre você e o que há dentro de você, expectativas e tudo mais. Por isso costumo dizer que é bem verdade quando afirmam que estamos sempre atravessando períodos de constante recomeço. Períodos que nos obrigam a parar de pensar que coisas dão errado apenas por culpa dos outros e, mais importante, nos obrigam a não fechar as portas para coisas boas que estão por vir - seja lá qual for o assunto.
Vida profissional é um reflexo disso... bem como vida pessoal. Talvez ainda mais neste caso. A gente tende a se esconder atrás de um escudo de proteção, por onde nada de novo passa ou sequer chega perto. E com isso, quanta coisa a gente perde, quanta coisa deixa de aprender. De viver. De se doar um pouco e aceitar que alguém também faça isso por você.
Talvez finais de ano sejam as melhores épocas para se pensar em melhorias, provávelmente pelo fato de que um ano totalmente novo deva ser recebido de braços abertos - cara e coração limpos. Foi o que resolvi fazer.
Sempre contei com pessoas maravilhosas e posso dizer que ando aprendendo muita coisa ultimanente... em mais sentidos que jamais poderia imaginar. Minha mente se inquieta muitas vezes, mas pensar e fazer planos para um futuro próximo fazem cada vez mais sentido. Ser feliz faz cada vez mais sentido - bem como as tentativas para que isso aconteça da melhor forma possível :)
Acho que os passos mais importantes são dados quando a gente quer que eles aconteçam... então, com a chegada de um novo ano, prá que o Universo conspire a favor, cada vez mais... que esse seja o lema - e o tema principal.